Presença de bactérias indicadoras de condições higiênico-sanitárias e de patógenos em Pirarucu (Arapaima gigas Shing, 1822) salgado seco comercializado em supermercados e feiras da cidade de Belém, Pará
Indigenous bacteria and pathogens in salted and dried Pirarucu (Arapaima gigas Shing, 1822) traded in Belém city, Pará
Emilia do Socorro Conceição de Lima Nunes,* Robson Maia Franco,** Eliane Teixeira Mársico,** Eduardo Bruno Nogueira,*** Monique da Silva Neves,*** Fernando Elias Rodrigues da Silva*
R. bras. Ci. Vet., v. 19, n. 2, p. 98-103, maio/ago. 2012
Resumo: O pirarucu é um peixe da Amazônia de grande porte, comumente comercializado na forma de mantas salgadas e secas. Este estudo verificou a qualidade bacteriana do pirarucu salgado seco, comercializada na cidade de Belém. Clostridium Sulfito Redutor (CSR), Bacillus spp., Escherichia coli e Salmonella spp. foram pesquisados em 40 amostras. Constatou-se a presença de CSR, de Bacillus spp., de E. coli e de Salmonella spp., respectivamente, em 32,5%, 62,5%, 30% e 25% das amostras estudadas. Clostridium perfringens foi confirmado em uma amostra, o que caracteriza perigo de intoxicação alimentar, pois essas bactérias são formadoras de esporos e podem persistir nos alimentos quando a maioria dos microrganismos entéricos já foi destruída. Conclui-se que o pirarucu salgado seco comercializado na cidade de Belém apresentou condições higiênico-sanitárias insatisfatórias, devido à presença de bactérias patogênicas e toxigênicas, que indicam contaminação fecal e pelo solo, manipulação não higiênica, recontaminação pós-processamento e armazenamento inadequado, o que torna este alimento impróprio para o consumo humano, por não atender aos padrões microbiológicos previstos na legislação brasileira e por acarretar risco à saúde do consumidor. Palavras-chave: qualidade, Arapaima gigas, peixe salgado seco, bactérias patogênicas e toxigênicas.
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