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Prof. Dr. Robson Maia Franco

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Postado por Microbiologista quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ALERTA !!! PESQUISADOR CIENTÍFICO
Robson Maia Franco

Fernando de Ávila-Pires em Princípios de Ecologia Humana, define pesquisa científica como uma “atividade estimulante e solitária que se desenvolve entre os limites da certeza lógica e da ficção científica. Toda hipótese, por mais viável que se apresente, enquanto não demonstrada, permanece nos domínios da ficção científica.O pesquisador, labutando nas fronteiras do conhecimento racional, ressente-se da solidão dos que não têm com que partilhar imediatamente suas dúvidas, suas certezas, suas descobertas e suas vitórias silenciosas.
H.G. Wells, um dos pioneiros da novela ficção científica, definiu os motivos que levam alguém a abraçar tal atividade profissional: “ A motivação que levará à conquista do câncer não será a piedade nem o horror: será a curiosidade de saber como e porquê.
Segundo Poincaré, “o cientista não estuda a natureza pela utilidade de suas descobertas. Ele o faz porque sente prazer nisso porque é belo. Se natureza não fosse bela, não valeria a pena conhecê-la e a vida não valeria a pena ser vivida”.
Ávila-Pires ainda ressalta que engana-se quem pensa que a dedicação à pesquisa científica embota o sentimento de beleza e substitui o prazer de apreciar pela frieza de analisar. O conhecimento detalhado da natureza íntima dos fenômenos revela facetas extraordinárias, onde o leigo enxerga, apenas, o aspecto exterior. Uma viagem pelo cerrado tem significação diversa para quem vê a vegetação seca, retorcida, uniforme e monótona e, para o ecólogo que, nele, enxerga toda a trama de um ecossistema variado e complexo, de características próprias e origem discutida.
Se, ao nível de indivíduo, os pesquisadores são curiosos profissionais repousa em suas mãos, como integrantes de uma comunidade científica, uma enorme responsabilidade social, pois as leis e hipóteses que propõem permitem-lhes enxergar além dos fatos quotidianos. O conhecimento do passado e a previsão do futuro deixam de pertencer ao mundo fantástico de profetas e cartomantes quando temperados pela metodologia rígida, despida de emoção e personalismo do pesquisador científico.
Robson Maia Franco é Professor e Pesquisador em Controle de Qualidade Microbiológica de Produtos de Origem Animal do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária – Doutorado e Mestrado em Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal do Departamento de Tecnologia dos Alimentos da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense.